A acessibilidade é vital para a inclusão. Neste artigo, você conhecerá mais sobre as diferentes maneiras de acesso. Afinal, uma sociedade só consegue acolher diferentes perfis de pessoas se atender às necessidades específicas de cada uma. O texto aborda os seguintes temas:
O que diz a Lei sobre Pessoas com Deficiência?
Como cada tipo de acessibilidade contribui para a inclusão?
Como a inclusão digital pode ser reforçada com essas dimensões da acessibilidade?
Confira nosso conteúdo e aprofunde seus conhecimentos sobre as dimensões da acessibilidade no texto abaixo.
O que diz a Lei sobre Pessoas com Deficiência?
O artigo 2º da Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, traz o conceito de pessoa com deficiência. O texto descreve essa definição da seguinte forma:
“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
Uma situação ajuda a contextualizar essa terminologia: Uma pessoa que utiliza cadeira de rodas para se deslocar tem um impedimento de natureza física. Se ela se depara com uma calçada esburacada — um ambiente não acessível — pode enfrentar dificuldades para participar plenamente da vida em sociedade.
Conhecer essa definição contribui para o entendimento das dimensões da acessibilidade. Agora que você compreende o conceito legal de deficiência, vamos explorar essas dimensões.
Como cada tipo de acessibilidade contribui para a inclusão?
Essa parte do texto diz respeito às 7 dimensões da acessibilidade. Cada um desses aspectos será desenvolvido com a profundidade que o tema merece.
Acessibilidade atitudinal: consiste em atitudes proativas que garantem um mundo mais acessível e inclusivo para pessoas com deficiência. Ações focadas no respeito e fim da discriminação são a base para outras acessibilidades e mudança social. Em empresas, por exemplo, a pauta da diversidade deve envolver todas as equipes e times. A cultura empresarial deve oferecer ambiente de pertencimento e aceitação das diferenças. Perguntas bem colocadas para entender o contexto do outro são formas de causar um impacto positivo. Repensar e redesenhar processos, comunicação, estruturas físicas, tecnologias e a gestão de talentos são consequências desse primeiro item. É um toque de humanização real para o empreendimento e um acréscimo para a qualidade de vida no trabalho;
Acessibilidade arquitetônica: são espaços e dimensões físicas que garantem maior comodidade e praticidade para todas as pessoas. Rampas, disponibilização de braille em elevadores e barras de acesso em sanitários são exemplos. Trata-se de uma arquitetura que acolhe diferentes perfis de público e atende necessidades específicas. Seguir bons critérios técnicos e prestar atenção nas características dos locais podem gerar uma maior sensibilização. Assim, é possível instalar meios que facilitem a vida das pessoas com deficiência;
Acessibilidade programática: consiste na remoção de barreiras encontradas em leis, políticas, regulamentos e normas que dificultam a participação social plena das pessoas com deficiência. O caráter acessível deve ser incorporado até mesmo no âmbito jurídico. Com esses instrumentos, o Estado consegue promover e assegurar o exercício dos direitos, seguindo os critérios da igualdade e equidade. O propósito é a inclusão social e a ampliação da cidadania. Essas regras possibilitam uma vida com mais qualidade e estimulam o protagonismo das pessoas com deficiência — reconhecendo-as como cidadãs e cidadãos.
Acessibilidade pedagógica. é um importante instrumento para mitigar as disparidades educacionais e econômicas. Consiste no redesenho de metodologias, processos e materiais de ensino que favoreçam o aprendizado de estudantes com deficiência. O uso de letras ampliadas, textos coloridos ou em braille são boas práticas. No contexto empresarial, um exemplo seria a flexibilização dos critérios de seleção para acolher talentos diversos;
Acessibilidade comunicacional: diz respeito a métodos comunicacionais adequados para diferentes audiências, perfis e públicos. Palestras que contam com intérpretes de línguas e audiodescrição de imagens e filmes são medidas que asseguram um bom entendimento para pessoas com deficiência auditiva e visual;
Acessibilidade natural: É a tentativa de mitigar ou retirar barreiras naturais. É a acessibilidade em praias, trilhas, paisagens naturais e unidades de conservação, por exemplo;
Acessibilidade instrumental: Diz respeito às ferramentas utilizadas em atividades de trabalho, estudo, aprendizagem e lazer. Elas devem ser projetadas para atender pessoas com deficiência. Um software de leitura de tela é um exemplo de instrumento que atende as necessidades das pessoas com deficiência visual. Sites que incorporam a acessibilidade podem contar com plugins específicos para fornecer uma melhor experiência.
Como a inclusão digital pode ser reforçada com essas dimensões da acessibilidade?
A inclusão digital pode ser apoiada de diversas formas com essas dimensões. Por exemplo:
Sites acessíveis são essenciais para acolher pessoas no ambiente empresarial. Recursos digitais inclusivos ajudam a desenvolver talentos diversos. A acessibilidade digital e a atitudinal se complementam;
Plugins instalados em sites promovem uma experiência mais acessível e incentivam a visita a espaços físicos. Por exemplo, quando um restaurante tem um site acessível, mais pessoas se sentem encorajadas a ir até o local. Isso, por sua vez, exige uma estrutura física igualmente acessível;
Ambientes virtuais que apresentam leis precisam ser acessíveis para garantir o acesso à informação. Isso é uma combinação entre recursos online e acessibilidade programática. Um site de fácil navegação amplia as oportunidades de conhecimento sobre legislação, direitos, deveres e demais obrigatoriedades legais.
Bem, estes são apenas três exemplos de como as dimensões da acessibilidade podem reforçar a inclusão digital. Há bem mais! Mesmo assim, já foi possível concluir como as dimensões estão fortemente conectadas.
A Perto Digital reforça seu aprendizado com um resumo estratégico
Esta seção contribui para enriquecer seu conhecimento com perguntas que sintetizam todas as ideias do texto acima.
O que é uma pessoa com deficiência, segundo a lei?
É aquela com impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de longo prazo que, ao interagir com barreiras, tem limitada sua participação na sociedade.
Quais são as 7 principais dimensões da acessibilidade?
Atitudinal, Arquitetônica, Programática, Metodológica, Comunicacional, Natural e Instrumental.
O que é acessibilidade atitudinal?
É o respeito às diferenças e a eliminação de preconceitos, promovendo uma cultura inclusiva e empática.
O que é acessibilidade arquitetônica?
É a adaptação de espaços físicos com rampas, sinalização, barras de apoio, entre outros, para facilitar o acesso a todos.
O que é acessibilidade programática?
É a existência de leis e normas que garantem os direitos das pessoas com deficiência, promovendo equidade e cidadania.
O que é acessibilidade metodológica?
É o uso de métodos, materiais e processos adaptados para facilitar o aprendizado e a inclusão no trabalho e na educação.
O que é acessibilidade comunicacional?
É o uso de recursos como intérpretes de Libras, legendas e audiodescrição para facilitar a comunicação.
O que é acessibilidade natural?
É a adaptação de ambientes naturais, como praias e trilhas, para garantir o acesso de pessoas com deficiência.
O que é acessibilidade instrumental?
É a adaptação de ferramentas, como softwares e dispositivos, para garantir autonomia no trabalho, estudo e lazer.
Conclusão:
Perceba como cada dimensão da acessibilidade cumpre uma função bem específica na inclusão da diversidade.
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