CAPTCHA e Acessibilidade Digital: Boas Práticas e Alternativas Inclusivas para seu Site

Felipe Gruetzmacher
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Como saber se o CAPTCHA do seu site bloqueia a acessibilidade? O CAPTCHA é um recurso que aparece frequentemente em websites, em diversos momentos. Por exemplo:

  • Realizar um cadastro para compras digitais;

  • Navegar em um portal de notícias;

  • Criar um perfil numa rede social. 

Em resumo: o CAPTCHA é um teste interativo humano que diferencia computadores de seres humanos. Os CAPTCHAs comuns utilizam imagens que expressam símbolos e caracteres. Como esse tipo de CAPTCHA não é lido por softwares leitores de tela, algumas medidas envolvendo a acessibilidade devem ser tomadas. Este texto vai explorar o tema a partir dos seguintes tópicos:

  • Qual é o propósito de um site contar com o CAPTCHA?

  • Como o CAPTCHA impacta a acessibilidade?

  • Quais as alternativas recomendadas para o CAPTCHA?

Venha descobrir como romper as barreiras do seu site e apostar na inclusão digital.

Neste Artigo:

Qual é o propósito de um site contar com o CAPTCHA?

O CAPTCHA é usado por muitos sites empresariais para diferenciar pessoas de robôs. Dessa forma, a empresa se protege contra invasões, hackers ou softwares maliciosos.

Como o CAPTCHA impacta a acessibilidade?

O termo CAPTCHA é a sigla inglesa para Completely Automated Public Turing Test to Tell Computers and Humans Apart. Traduzindo para o português, o nome significa “teste de Turing público completamente automatizado para diferenciação entre computadores e humanos”.

A W3C cita que os CAPTCHA não são acessíveis para todos os perfis de pessoas usuárias. Assim, elas podem enfrentar dificuldades para preencher formulários no site. A resolução de um CAPTCHA exige que a pessoa leia e transcreva um conjunto de letras e números distorcidos e irregulares.

As formas de áudio são igualmente difíceis de resolver, pois são geradas por computadores ou vozes humanas gravadas para ler uma série de números difíceis de distinguir do ruído de fundo.

Portanto, o CAPTCHA pode ser uma barreira na experiência da pessoa usuária (UX). Ele pode atrapalhar a navegação de qualquer pessoa e impedir o livre acesso de pessoas com deficiência, dependendo do tipo de limitação. As imagens e o áudio do CAPTCHA são inacessíveis em muitos contextos. Infelizmente, essa ferramenta está presente em muitos sites governamentais.

Uma pessoa com deficiência visual, por exemplo, não consegue acessar o site, pois não decodifica o código em forma de imagem. O leitor de tela não faz esse tipo de leitura. Como resultado, a pessoa usuária não consegue finalizar o formulário.

Além disso, as letras distorcidas podem impedir que pessoas com deficiência cognitiva interpretem a mensagem. Já o CAPTCHA de áudio dificulta a compreensão de públicos diversos, como pessoas idosas, com deficiência auditiva ou cegas. O áudio distorcido é de difícil compreensão e compromete a experiência.

De acordo com o eMAG, o CAPTCHA deve ser usado somente em casos de extrema necessidade. Nesses contextos, o CAPTCHA deve ser apresentado de maneiras alternativas, como:

  • Testes matemáticos;

  • Questões de interpretação.

Em ambos os casos, as perguntas são elaboradas para serem respondidas somente por humanos. Dessa forma, a pessoa usuária consegue lidar melhor com as medidas de segurança dos sites.

Quais as alternativas recomendadas para o CAPTCHA?

O fato é que o CAPTCHA não garante a segurança. Grande parte deles pode ser quebrada com plugins. Então, caso seu site realmente precise usar esse recurso, evite CAPTCHA automatizados (plugins). Faça perguntas simples em texto (não em imagem), como:

  • Qual é o primeiro mês do ano?

  • Uma semana tem quantos dias?

Essas perguntas podem ser respondidas por qualquer pessoa, independentemente de instrução ou cultura. Contudo, deve-se tomar cuidado para que analfabetos funcionais ou pessoas com deficiência cognitiva não sejam impedidas de usar o site.

Dessa forma, você dispensa imagens que não são acessíveis. Outras alternativas seriam pedir para a pessoa usuária deixar um e-mail ou usar o reCAPTCHA. Já o “Não CAPTCHA reCAPTCHA” é uma iniciativa do Google que contou com ações voltadas à remoção de barreiras para pessoas com deficiência. Tudo isso mantendo a defesa contra os bots.

Nesta opção, o desafio de decifrar caracteres ou áudio foi substituído por uma ação simples a ser executada pela pessoa que usa o site. Agora, a pessoa usuária só precisa marcar uma caixa que declara “Eu não sou um robô”.

Resumo: quais os tópicos desenvolvidos sobre o CAPTCHA?

O propósito deste subtítulo é apresentar questões que trabalhem as principais ideias do texto para aprofundar seus conhecimentos.

O que é o CAPTCHA?

É um teste automatizado criado para diferenciar humanos de robôs durante o uso de sites.

Para que serve o CAPTCHA?

Serve para proteger sites contra invasões, bots e softwares maliciosos.

Por que o CAPTCHA pode ser uma barreira de acessibilidade?

Porque versões com imagens ou áudios distorcidos não podem ser lidas por leitores de tela e dificultam o acesso de pessoas com deficiência visual, auditiva ou cognitiva.

Quais são os problemas mais comuns com o CAPTCHA?

Dificuldade de leitura das letras distorcidas e áudios confusos que prejudicam a experiência de navegação.

Quando o uso do CAPTCHA é aceitável?

Apenas em casos de extrema necessidade e com alternativas acessíveis, conforme o eMAG.

Quais são as alternativas acessíveis ao CAPTCHA tradicional?

Perguntas simples em texto (ex: “Qual é o primeiro mês do ano?”), testes matemáticos ou questões de interpretação.

O que é o “Não CAPTCHA reCAPTCHA”?

É uma versão criada pelo Google em que a pessoa apenas marca a opção “Eu não sou um robô”, sem precisar decifrar imagens ou sons.

O que o texto defende sobre o uso do CAPTCHA?

Que ele deve ser repensado para garantir a inclusão digital e uma experiência acessível para todas as pessoas.

Conclusão:

As medidas de segurança não podem ser barreiras para o usufruto de uma jornada digital completa. Sem uma UX satisfatória, a pessoa usuária pode perder o interesse pelo seu site e pela proposta de valor.

Essa falta de engajamento pode resultar na queda do número de vendas, conversões e até no status da marca. O produto Monitoramento Perto garante que todo o seu site esteja em conformidade com as diretrizes de acessibilidade digital. Com este recurso, você identifica se a experiência digital satisfaz as necessidades do seu público por inclusão. Assim, o CAPTCHA do seu site não será um obstáculo para a sua audiência.

Além dessa ferramenta, o ecossistema Perto Digital oferece os plugins mais completos do mercado para posicionar seu site como o mais inclusivo possível. A inovação Perto Digital combina impacto social, inteligência artificial e estratégia para maximizar seus resultados.

Converse com nosso time de especialistas e descubra como um posicionamento acessível e inclusivo pode gerar melhor performance empreendedora.

Felipe Gruetzmacher

Felipe Emilio Gruetzmacher é um homem autista que atua como redator da Perto Digital, diretor de produção textual da diverSCInnova, copywriter da Editora Simulacro e blogueiro do site da ANAGEA (Associação Nacional dos Gestores Nacionais). Acredita no potencial da tecnologia em transformar a experiência digital e promover a inclusão das pessoas com deficiência.
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