Como a Acessibilidade Digital Melhora Produtos Digitais: insights reais de especialistas e pessoas usuárias

Felipe Gruetzmacher
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Um produto digital acessível proporciona uma navegação mais fácil e intuitiva. Isso significa que mais pessoas conseguem acessar informações, participar de serviços e ter autonomia no ambiente digital. É um uso projetado para facilitar a vida das pessoas com ou sem deficiência. 

O propósito é o acolhimento da pessoa usuária e apresentação de um conteúdo online capaz de ser consumido de várias formas. Afinal, cada cliente tem necessidades bem específicas que um produto digital pode suprir. Desse modo, o texto de hoje vai apresentar os seguintes subtítulos para detalhar e aprofundar o tema:

  • Por que especialistas defendem testes com pessoas com deficiência?

  • Quais problemas de navegação um usuário com deficiência visual identifica?

Contar com recursos acessíveis proporciona um diferencial competitivo enorme para o seu negócio. Esse diferencial se aplica em qualquer ambiente digital. Seja no desenvolvimento de softwares, sites ou qualquer outro produto digital, os princípios de acessibilidade permanecem os mesmos.

Esses diferentes formatos compartilham princípios essenciais de navegabilidade e inclusão. Por isso, no post de hoje, você vai conhecer o porquê dos projetos com acessibilidade digital proporcionarem maior satisfação.

Neste Artigo:

Por que especialistas defendem testes com pessoas com deficiência?

O vídeo da ONG ASID Brasil intitulado “Jornada de Carreiras 2023 - ASID Brasil | Dia 2: Carreiras no setor de tecnologia” responde essa pergunta. Este vídeo, presente no YouTube, gira em torno de uma live sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de tecnologia.

Um exemplo da importância dessa inclusão produtiva é este: um teste da qualidade do software que leva em consideração as opiniões das pessoas com deficiência tem maior critério técnico.

Além do ganho técnico, há um impacto direto na vida dessas pessoas, que passam a ser protagonistas da criação de tecnologias que realmente atendam suas necessidades.

Afinal, o produto é projetado para fornecer acessibilidade digital, o que acaba melhorando o manuseio. Esse contexto é reforçado na fala de Juliana Dias, participante da live, fundadora da Quality4Crowd:

“Porque olhando para um modelo tradicional de teste de software, você tem uma certa burocracia, um esforço e um custo muito grande para manter as equipes, para definir requisitos, para ter esse alinhamento com o produto. (...). A partir da dor de quem sente, dos inputs e dos feedbacks de quem vivencia a dor. Então, ao invés de termos pessoas pensando e projetando cenários que, talvez, não atendam a todas as pessoas ou a todas as necessidades, a gente já vai trazer esse feedback que é muito mais assertivo e ele não é válido apenas para pessoas com deficiência visual. Porque quando você deixa sua aplicação acessível, você está melhorando a experiência de qualquer outro usuário. Você vai ter um caminho de navegação muito mais intuitivo, muito mais fácil, curto, ordenado, então, assim, a experiência melhora para todos.”

Um bom projeto de software identifica as dores das pessoas com deficiência em usá-lo. Assim, desde o começo, o produto digital se torna acessível. Essa perspectiva apresentada na live conecta diretamente com o próximo ponto: o papel das pessoas profissionais com deficiência na construção de soluções mais eficazes.

Os mesmos princípios aplicados aos testes de software também se refletem na construção de sites acessíveis. Na prática, as mesmas barreiras percebidas em softwares também aparecem nos sites — e muitas vezes são ainda mais evidentes.

Quais problemas de navegação um usuário com deficiência visual identifica?

A maneira de cada audiência em usar um site demanda mais ou menos acessibilidade digital. Uma pessoa vidente vai navegar por um site de um jeito totalmente diferente de uma pessoa com deficiência visual. De repente, esta última pode identificar:

  • Possibilidade de integração de funcionalidades que transformam textos em áudios;

  • Funcionalidades que são desnecessárias e só transformam a navegação em uma experiência complexa demais;

  • Etapas do processo de navegação desnecessárias;

  • Mudanças digitais para que o site demande menos cliques para que a pessoa usuária chegue na informação desejada. Até porque, menos cliques significa menos esforço, o que simplifica a interação com o site. Há uma maior agilidade e facilidade para acessar;

  • Inclusão de atalhos que podem ser implementados para maior praticidade;

  • Aprimoramentos nos botões que descomplicam a compra de alguma solução do site;

  • Melhorias nas informações para definir uma proposta mais clara de um negócio;

  • Melhores formas de apresentação de informações. A proposta comercial precisa seguir uma lógica interna, coerente e bem delimitada;

  • Otimização de uma seção de “Perguntas frequentes” bem ordenada, construída e informativa;

  • Identificação de bugs que dificultam a experiência sem barreiras.

Observando esses requisitos, um site pode se adequar ao contexto de qualquer pessoa. Isso significa entregar uma experiência digital de navegabilidade e usabilidade fácil.  Com tanto critério técnico sendo levado em consideração, sites economizam tempo, dinheiro e recursos para serem construídos.

Afinal, a acessibilidade digital é tratar os diferentes de maneiras personalizadas para atingir a universalidade. Disponibilizar meios e caminhos específicos para uma pessoa com deficiência usar um site acaba entregando valor para todo um nicho de mercado.

Resumo: aprofunde seus conhecimentos sobre a acessibilidade para sites

Relembre os principais temas deste artigo com uma síntese feita a partir de rápidas perguntas e respostas.

O que é um produto digital acessível?

É aquele que permite uma navegação fácil, intuitiva e adaptada às diferentes necessidades das pessoas, com ou sem deficiência.

Por que a acessibilidade digital agrega valor a produtos?

Porque melhora a experiência de uso, aumenta a satisfação das pessoas usuárias e amplia o alcance do produto.

O que a pessoa especialista citada no texto dizem sobre testes de software acessíveis?

Que testar com pessoas com deficiência gera feedbacks mais precisos e melhora o critério técnico do produto.

Qual é o benefício de incluir pessoas com deficiência no desenvolvimento?

Elas identificam dores reais, sugerem melhorias mais assertivas e tornam o software acessível desde a concepção.

Que otimizações uma pessoa com deficiência visual pode sugerir em um site?

Recursos de leitura em áudio, menos cliques, remoção de funcionalidades desnecessárias, atalhos práticos, melhorias em botões e ajustes na organização das informações.

Por que a acessibilidade melhora a experiência de todas as pessoas?

Porque simplifica processos, reduz esforço cognitivo e torna a navegação mais clara e eficiente para qualquer pessoa.

Qual é o impacto econômico da acessibilidade digital?

Sites acessíveis economizam tempo, dinheiro e retrabalho durante o desenvolvimento e manutenção.

Qual é o princípio central da acessibilidade digital?

Tratar os diferentes de maneiras personalizadas para alcançar a universalidade do acesso.

Conclusão:

O critério técnico fornecido pelas pessoas profissionais com deficiência em testes de qualidade de softwares agrega um enorme valor para o desenvolvimento. O fator humano é fundamental para cocriar produtos digitais robustos. O ponto central é que os princípios de acessibilidade não mudam conforme o formato digital. Essa lógica vale tanto para softwares quanto para sites institucionais ou lojas virtuais.

Além disso, conforme citado no texto, esse mesmo processo pode prevenir erros e melhorar os resultados de criação de sites. A própria abordagem Shift Left é muito útil nesse cenário: engloba boas práticas de testes e análises desde a concepção do produto. Apesar da importância do fator humano, testes automatizados são indispensáveis. 

Nesse sentido, a Perto Digital oferece o recurso Monitoramento Perto, item indispensável para realizar diagnósticos automatizados. Assim, sites empresariais garantem 100% de conformidade com as diretrizes globais. A experiência fica mais fluida e adaptada.

O ecossistema da Perto Digital cobre esses diferentes cenários, independentemente do tipo de plataforma. Ele conta com mais de 60 funcionalidades capazes de adaptar sites ao contexto de pessoas com e sem deficiência. Tantas soluções atendem a variados cenários, independentemente de o cliente operar um site, um sistema interno ou um aplicativo.

A inteligência artificial pioneira, a geração de impacto social e a tecnologia assistiva de ponta posicionam a Perto Digital como referência e liderança. A tecnologia só alcança seu máximo potencial quando considera as necessidades e limitações reais das pessoas que a utilizam.

Uma jornada digital acolhedora ampliará o crescimento do seu negócio no mercado. O resultado é a conquista de maior performance financeira, atração e fidelização de clientes, assim como construção de credibilidade digital. 

Converse com nossos especialistas e descubra como a web acessível pode representar um impulso para a sua marca.

Felipe Gruetzmacher

Felipe Emilio Gruetzmacher é um homem autista que atua como redator da Perto Digital, diretor de produção textual da diverSCInnova, copywriter da Editora Simulacro e blogueiro do site da ANAGEA (Associação Nacional dos Gestores Nacionais). Acredita no potencial da tecnologia em transformar a experiência digital e promover a inclusão das pessoas com deficiência.
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