Diferença entre linguagens simples, inclusiva e acessível — e por que você deve usar as três

Felipe Gruetzmacher
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Você já parou para pensar na importância das palavras em nossa sociedade? A comunicação é tudo! Neste texto, vamos explorar os conceitos de linguagem simples, inclusiva e acessível. O objetivo é ajudar você a entender como cada linguagem aparece no dia a dia. Além disso, usar palavras de modo claro, inclusivo e acessível demonstra respeito à diversidade.

Dessa forma, vamos explorar esses temas nos seguintes itens:

  • O que as linguagens simples, inclusiva e acessível significam na prática?

  •  Por que sua empresa deve usá-las na rotina para incluir?

  • Por que as três linguagens desempenham um papel fundamental na acessibilidade digital?

O uso das palavras certas é uma demanda de mercado. Isso porque os negócios sempre vão precisar falar do jeito que as pessoas entendem. A comunicação é uma questão ética, já que promove o entendimento e apoia a decisão de compra. Leia nosso texto e conheça mais a respeito desse tema.

Neste Artigo:

O que as linguagens simples, inclusiva e acessível significam na prática?

Neste item, você vai conhecer as diferenças e proximidade entre essas três linguagens. Confira:

  • Linguagem simples: é um conjunto de técnicas para produzir textos claros. Envolve design de informação. O foco é possibilitar que o público consiga encontrar, entender e usar as informações sem depender de um especialista ou precisar ler o mesmo texto várias vezes. O “público” da linguagem simples é a parcela da população para a qual a mensagem se destina. Um texto de blog pode divulgar um produto com clareza e facilitar o entendimento do público. A linguagem engloba as diretrizes de estrutura das frases, design e organização das informações na página. Assim, a pessoa consegue ler um texto em menos tempo e com menor dificuldade. As principais diretrizes da linguagem simples incluem frases curtas, voz ativa, ordem direta (sujeito + verbo + predicado) e parágrafos breves. Dê preferência a palavras familiares ao público e evite jargões, siglas e termos técnicos. Se for necessário usar um termo técnico, explique o significado logo em seguida. Evite ideias abstratas e priorize expressões concretas, que facilitem o entendimento. Quando usar palavras em outro idioma, coloque o termo em itálico e adicione a tradução entre parênteses. Destaque informações importantes em negrito e prefira verbos de ação ou orientação, que ajudem o leitor a compreender o que fazer. O ideal é que cada frase tenha até 20 palavras e apresente primeiro a informação mais relevante. Por exemplo:

Você pode entregar uma declaração escrita à mão: a frase é um caso de ordem direta (sujeito + verbo + predicado).

A estratégia de marketing prejudicou a imagem da empresa: esta segunda frase é um caso de uso de palavras conhecidas. Afinal, “prejudicar” é mais conhecida do que “denegrir”;


  • Linguagem inclusiva: seu objetivo é reverter situações de discriminação e ocultação de minorias nas formas de comunicação. Na linguagem neutra, evita considerar palavras masculinas como neutras e genéricas. Um exemplo seria escrever “pessoa usuária” e não “usuário”. As palavras ajudam a desconstruir estereótipos nocivos e tornam o texto mais fácil e rápido de ler. A linguagem amplia a visibilidade e representatividade dos grupos sociais. Ela se aplica ao público que recebe a mensagem e sobre quem se fala na comunicação. Algumas diretrizes englobam evitar usar “x” “@” ou “e” para neutralizar o gênero. Use palavras como “pessoa(s)”, “alguém”, “gente” e “quem” no lugar de substantivos masculinos. Privilegie palavras que não caracterizem gênero específico, como no exemplo de usar autoria e não autor/a. Preste atenção aos artigos e pronomes que acompanham os substantivos. No caso, prefira “estudante” em vez de “a estudante” ou “o estudante”. Inclua o gênero com barra ou parênteses, como em “aluna/o”. Por exemplo:

Quem gosta de matemática? O uso do pronome “quem” vale para qualquer minoria e grupo.

A pessoa usuária gostou do software. É um caso de aplicação de palavras no lugar de substantivos masculinos.


  • Linguagem acessível: são práticas que tornam textos, áudios, interfaces e vídeos compreensíveis para pessoas com diferentes tipos de deficiência ou dificuldades de entendimento/leitura. Essas práticas incluem leitura fácil, legendas, contraste de cor, audiodescrição, transcrição, compatibilidade com leitores de tela (softwares que transformam texto em áudio para pessoas cegas), versão em Libras, vídeos legendados e uso de pictogramas. São ações que visam eliminar barreiras de acesso à informação. 

Depois de entender o papel de cada linguagem, é hora de pensar na prática: como aplicar esses conceitos no dia a dia da sua empresa para construir relacionamentos mais inclusivos e fortalecer a comunicação?

Por que sua empresa deve usá-las na rotina para incluir?

Cada linguagem cumpre um papel específico na inclusão das pessoas que se relacionam com o seu negócio. As técnicas da linguagem simples servem para comunicar sua mensagem com o máximo de rapidez possível. Isso facilita a compreensão da sua proposta de valor e contribui diretamente para o aumento das vendas. Um exemplo de recurso que simplifica a comunicação é o Texto Acessível Perto do nosso Pacote de Comunicação

Já a linguagem inclusiva faz uma enorme diferença para que todas as pessoas se sintam acolhidas pelas suas palavras. Isso consolida fortes relacionamentos com seu nicho. Por último, a linguagem acessível traz importantes avanços na acessibilidade digital. A ferramenta Libras Perto é uma solução capaz de traduzir conteúdo textual em Libras: é um exemplo de quebra de barreira digital. 

Esses recursos fazem parte do ecossistema de acessibilidade digital da Perto Digital, que integra tecnologia, inclusão e inovação para garantir experiências sem barreiras.

Por que as três linguagens desempenham um papel fundamental na acessibilidade digital?

Este item reforça as ideias descritas acima. Um blog corporativo, por exemplo, deve apresentar ideias num formato claro, inclusivo e acessível para promover a inclusão digital. Essas diretrizes tornam os sites mais fluidos e compreensíveis. A acessibilidade vai além de instalar plugins — trata-se de comunicar de forma clara, inclusiva e sem barreiras.

A comunicação desempenha um papel fundamental na aquisição e fidelização de novos clientes. Além de acelerar as vendas, a mensagem certa pode elevar o status social da sua marca.

Resumo: o papel das três linguagens na comunicação corporativa e na inclusão digital

Esses conceitos se conectam diretamente à prática da inclusão digital — e para recapitular as principais ideias, confira o resumo a seguir.

O que é linguagem simples?

É um conjunto de técnicas que tornam o texto claro e fácil de entender, com frases curtas, palavras familiares e estrutura direta.

O que é linguagem inclusiva?

É a forma de comunicação que evita discriminações e garante representatividade de todos os grupos sociais.

O que é linguagem acessível?

São práticas que tornam a comunicação compreensível para pessoas com deficiências ou dificuldades de leitura, como legendas, contraste e audiodescrição.

Por que sua empresa deve usar essas três linguagens?

Porque elas promovem inclusão, fortalecem relacionamentos, aumentam a compreensão e melhoram a experiência do público.

Qual o papel dessas linguagens na acessibilidade digital?

Garantem que todos consigam acessar e entender o conteúdo online, indo além do uso de plugins ou recursos técnicos.

Quais os benefícios para a sua marca?

Melhor comunicação, mais credibilidade, fidelização de clientes e valorização da imagem institucional.

Conclusão:

Cada linguagem tem uma função específica na comunicação empresarial com sua audiência. Essas três linguagens representam o compromisso das marcas com uma comunicação ética, acessível e humana — valores que também guiam a atuação da Perto Digital.

Com os recursos oferecidos pela Perto Digital e as dicas apresentadas no texto, seu empreendimento vai cultivar valiosos relacionamentos com as pessoas. Isso se traduz em vendas, construção de reputação e posicionamento diferenciado no ecossistema de inovação. Acelere seu desempenho e seus resultados oferecendo jornadas digitais inclusivas. Converse com a Perto Digital e transforme seu negócio em inclusão digital pura!

Felipe Gruetzmacher

Felipe Emilio Gruetzmacher é um homem autista que atua como redator da Perto Digital, diretor de produção textual da diverSCInnova, copywriter da Editora Simulacro e blogueiro do site da ANAGEA (Associação Nacional dos Gestores Nacionais). Acredita no potencial da tecnologia em transformar a experiência digital e promover a inclusão das pessoas com deficiência.
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