Como a acessibilidade digital e a linguagem simples agregam valor nos órgãos públicos e ampliam a cidadania?

Felipe Gruetzmacher
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A Lei 15.263/25, publicada na segunda-feira, dia 17/11/2025, no Diário Oficial determina que a linguagem simples seja usada no setor público para facilitar a comunicação com as pessoas. Dessa forma, o poder público consegue atender as demandas das pessoas cidadãs com maior agilidade. 

Assim, a linguagem simples associada com acessibilidade digital melhora a experiência da pessoa usuária. Neste texto, vamos aprofundar essas vantagens nos subtítulos abaixo:

  • Como a linguagem simples melhora a comunicação pública?

  • Por que a acessibilidade para sites é importante nesse contexto?

O texto abaixo detalha melhor esses dois pontos.

Siga lendo o conteúdo da Perto para maiores informações.

Neste Artigo:

Como a linguagem simples melhora a comunicação pública?

O artigo “Lei Federal determina uso de linguagem simples em mensagens de órgãos públicos para cidadãos” do site Diário PCD define esse conceito. De acordo com o site, a linguagem simples é um conjunto de técnicas utilizadas para comunicar de forma clara.

Uma das prioridades é permitir que a pessoa cidadã encontre, entenda e use as informações apresentadas pelos órgãos públicos. A Lei 15.263/25 cria a Política Nacional de Linguagem Simples e estabelece os seguintes princípios:

  • Reduzir a necessidade de intermediários na comunicação entre o poder público e o cidadão;

  • Reduzir os custos administrativos e o tempo gasto no atendimento ao cidadão;

  • Promover a transparência e o acesso à informação pública;

  • Facilitar a participação popular e o controle social; e

  • Facilitar a compreensão da comunicação pública por pessoas com deficiência.

A nova lei apresenta 18 técnicas fundamentais para o setor público usar essa comunicação, como por exemplo:

  • Uso de frases curtas e na ordem direta;

  • Priorizar palavras comuns e de fácil entendimento;

  • Evitar termos estrangeiros;

  • Usar tabelas, recursos gráficos e listas;

  • Evitar frases intercaladas;

  • Evitar palavras desnecessárias ou imprecisas;

  • Usar linguagem acessível para o público com deficiência;

  • Quando a comunicação for direcionada às comunidades indígenas, o texto deve estar publicado em português e na língua dos destinatários.

A nova lei teve origem na PL 6256/19, da deputada Erika Kokay (PT-DF), aprovada em outubro de 2025 pela Câmara.

O presidente Lula vetou o trecho que obrigava os órgãos públicos a contarem com um servidor responsável pelo tratamento das informações em linguagem simples.

O Palácio do Planalto considerou essa parte inconstitucional porque somente o chefe do Poder Executivo pode propor leis relacionadas ao funcionamento da administração pública.

A lei também determina que cada poder — nas esferas federal, estadual, distrital e municipal — estabelecerá ferramentas, fluxos e diretrizes próprias para implementar a Política Nacional de Linguagem Simples.

Essa articulação entre políticas públicas e práticas institucionais abre espaço para que a inovação privada ofereça soluções tecnológicas capazes de acelerar e qualificar a implementação dessas normas.

Isso inclui medidas como:

  • Revisão de portais e documentos oficiais;

  • Criação de manuais;

  • Capacitação de equipes;

  • Padronização de formulários;

  • Testes de usabilidade com pessoas cidadãs.

A lei marca o início de um processo de mudança cultural e institucional. O cotidiano das pessoas se tornará mais simples, pois o foco será apresentar informações públicas acessíveis, escritas e úteis.

Agora que simplicidade no uso das palavras foi definida, hora de detalhar a importância de uma Internet mais inclusiva.

Por que a acessibilidade para sites é importante nesse contexto?

Em primeiro lugar, porque a acessibilidade digital é uma obrigação estabelecida pelo art. 63 da lei 13.146, de 6 de julho, de 2015:

É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.

Além disso, as mensagens escritas com linguagem simples no setor público precisam ser amplamente divulgadas com recursos acessíveis.

Uma das técnicas citadas acima — o uso de linguagem acessível para o público com deficiência — reforça que toda a experiência da pessoa cidadã deve ser acessível.

Isso se aplica diretamente ao universo dos sites. A inclusão nasce das palavras certas e de uma jornada digital confortável para todos os públicos.

Uma internet inclusiva beneficia não só pessoas com deficiência, mas também quem enfrenta dificuldades de leitura ou de compreensão. Ela torna a jornada digital mais clara, confortável e acessível para todos.

A prioridade é o acesso irrestrito.

O ecossistema Perto Digital, referência em soluções digitais para o acesso web, disponibiliza o Texto Acessível Perto no Pacote de Comunicação Perto.

Essa ferramenta facilita textos e proporciona um entendimento mais rápido. É um exemplo direto da combinação entre web acessível e linguagem simples.

Resumo: a linguagem simples e a acessibilidade digital a serviço da comunicação cidadã

Agora, este item aprofunda os conceitos do artigo com rápidas perguntas e respostas.

O que a Lei 15.263/25 determina?

Ela estabelece o uso de linguagem simples nos órgãos públicos para tornar a comunicação mais clara e acessível à toda a população.

Por que a linguagem simples é importante no setor público?

Porque facilita que qualquer pessoa encontre, entenda e use informações públicas sem intermediários.

Quais são alguns princípios da Política Nacional de Linguagem Simples?

Transparência, participação social, redução de custos administrativos e melhor compreensão para pessoas com deficiência.

A lei exige técnicas específicas de comunicação?

Sim. Entre elas: frases curtas, ordem direta, palavras comuns, organização visual e validação com o público-alvo.

Como o veto presidencial impactou a lei?

Foi vetada a obrigação de cada órgão ter um servidor responsável pela linguagem simples, por violar a iniciativa privativa do Executivo sobre organização administrativa.

Quem deve implementar a política?

Cada poder e cada esfera — União, estados, municípios e DF — deve criar suas próprias diretrizes e ferramentas.

Por que a acessibilidade digital é essencial nesse contexto?

Porque a Lei 13.146/2015 exige acessibilidade em sites públicos e privados, garantindo acesso a pessoas com deficiência.

Linguagem simples e acessibilidade digital se complementam?

Sim. A comunicação só é plenamente acessível quando o conteúdo claro é apresentado em plataformas inclusivas.

Plugins e soluções de acessibilidade beneficiam apenas pessoas com deficiência?

Não. Eles também ajudam quem tem dificuldades de leitura ou precisa de apoio para compreender conteúdos públicos.

Como a tecnologia pode apoiar essa política?

Ferramentas como o Texto Acessível Perto aceleram a compreensão e integram linguagem simples com acessibilidade na web.

Conclusão:

A acessibilidade digital e a linguagem simples cumprem um papel protagonista na hora de ampliar a cidadania e o entendimento das pessoas. A iniciativa privada pode também ser beneficiada pelos plugins de web acessível e as palavras certas na comunicação.

Afinal, essa combinação pode ampliar o desempenho digital das marcas, atrair leads qualificados, gerar vendas, fidelização e resultados financeiros. A Perto Digital é uma startup líder em acessibilidade web e inteligência artificial aplicada à inclusão digital e ao impacto social. 

A tecnologia Perto apresenta mais de 60 produtos capazes de aprimorar a experiência digital para qualquer perfil de pessoa usuária.

Converse com nossos atendentes e conheça a proposta de valor da Perto. Acelere a transformação digital da sua empresa e aumente sua base de clientes.

Felipe Gruetzmacher

Felipe Emilio Gruetzmacher é um homem autista que atua como redator da Perto Digital, diretor de produção textual da diverSCInnova, copywriter da Editora Simulacro e blogueiro do site da ANAGEA (Associação Nacional dos Gestores Nacionais). Acredita no potencial da tecnologia em transformar a experiência digital e promover a inclusão das pessoas com deficiência.
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