Mad skills e acessibilidade digital: como conectar talentos e inclusão no RH moderno

Felipe Gruetzmacher
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Já que a acessibilidade digital pode potencializar a gestão de talentos, como alinhá-la com habilidades disruptivas? No vocabulário corporativo, uma skill é “habilidade”. Logo, existe um tipo de skill muito específico: a mad skill. 

Uma gestão de talentos eficaz consegue combinar o máximo potencial humano com tecnologias assistivas. Até porque os talentos das equipes empresariais precisam de uma jornada digital acessível e acolhedora para efetuar boas entregas. A seguir, o conteúdo detalha o tema nos seguintes tópicos:

  • O que são mad skills e como aplicá-las no RH acessível

  • Conexão entre mad skills e acessibilidade digital

A seguir, entenda como sites acessíveis podem alavancar resultados organizacionais e como esses conceitos se aplicam às rotinas corporativas.

Neste Artigo:

O que são mad skills e como aplicá-las no RH acessível

Segundo o artigo de Fernando Mantovani (‘Mad Skills: quais são as suas?’, 2023), há três principais categorias de habilidades:

  • Hard skills: são habilidades técnicas e acadêmicas que a pessoa adquire através de cursos. Graduação, especialização e demais modalidades da educação formal são exemplos;

  • Soft skills: são habilidades socioemocionais que abarcam escuta ativa, empatia e resiliência. São aspectos comportamentais que contribuem para a melhora de relacionamentos interpessoais;

  • Mad skills: são as “habilidades fora de série” em tradução portuguesa. Envolvem o desenvolvimento de habilidades através de hobbies e outras atividades interessantes que agregam um diferencial para o profissional. 

As mad skills podem incluir:

  • Artes como tocar em uma banda ou participar de um grupo de escrita;

  • Esportes como futebol, trilhas ou skate; 

  • Voluntariado;

  • Gastronomia;

  • Criação de podcast.

Mais do que uma lista de habilidades, as mad skills representam a expressão genuína dos interesses pessoais. São atividades movidas por paixão. Pessoas desenvolvem essas ações em horários livres, fora das horas de trabalho. Mesmo assim, elas dizem muito sobre os potenciais e os diferenciais das pessoas candidatas.

Uma pessoa que pratica corrida de rua pode apresentar foco e perseverança. Um fotógrafo amador pode apresentar soluções criativas e que agregam sensibilidade no marketing. Um fã de teatro pode ter facilidade para conduzir apresentações e reuniões.

Esses pontos ampliam o repertório de saberes e conhecimentos. A diversificação de experiências facilita um “pensar fora da caixa” e sair do modo automático. Além disso, cultivar hobbies melhora a produtividade, pois incrementa e potencializa as habilidades. Outras vantagens das mad skills incluem:

  • Saúde mental: o cultivo de atividades prazerosas ativa emoções positivas;

  • Criatividade: novas experiências e fugir da rotina possibilitam pensar em novas ideias e perspectivas;

  • Autoconhecimento: a prática de hobbies ajuda a explorar os pontos fortes e a aprimorar os pontos de melhoria das pessoas colaboradoras;

  • Autocontrole: os passatempos e jogos acabam exigindo uma grande dose de paciência, foco, humildade e persistência. São aspectos fundamentais para a gestão das emoções;

  • Sociabilidade: esportes, hobbies e passatempos acabam desenvolvendo as habilidades sociais e as interações dos envolvidos.

Dessa forma, compreender essas vantagens amplia a perspectiva sobre o papel das habilidades humanas nas organizações. Além disso, conhecer as diferenças entre os tipos de skills ajuda as empresas a multiplicar resultados e fortalecer o entrosamento das equipes.

Essa compreensão pode ser estratégica e valiosa para as áreas de RH das organizações. Consequentemente, seu empreendimento recruta, seleciona e ativa o potencial de equipes com as skills necessárias.

Essa reflexão conduz a uma conexão natural entre o desenvolvimento humano e a diversidade nas empresas. Afinal, reconhecer talentos singulares é também reconhecer diferentes formas de ser e trabalhar.

Uma gestão de RH eficaz atrai talentos certos, independentemente de diagnósticos ou condições. Esse cenário é um excelente pretexto para praticar a inclusão de pessoas com deficiência.

A pessoa candidata ideal para determinada vaga pode ter uma deficiência. Valorizar essa diversidade reforça a imagem da empresa como uma marca empregadora acessível e comprometida com a inclusão. Por isso, é essencial contratar com critério técnico e de acordo com as skills de cada pessoa.

Nesse contexto, quando a empresa contrata uma pessoa candidata com deficiência, a acessibilidade digital pode facilitar a execução das tarefas exigidas pelo cargo. Após compreender o valor das habilidades singulares, é possível identificar como o acesso web fortalece ainda mais essa abordagem.

Depois de compreender o conceito e as vantagens das mad skills, a próxima etapa é entender como elas se integram à acessibilidade digital e fortalecem as práticas de RH inclusivo.

Conexão entre mad skills e acessibilidade digital

Uma gestão de talentos humanos eficaz identifica os pontos positivos e negativos dos candidatos a partir das skills. O RH da organização pode questionar como as atividades livres e desenvolvidas fora do horário comercial podem agregar valor na organização. Um brainstorm, conversas francas e debates internos podem esclarecer como cada colaborador pode ativar os diferenciais e contribuir com a organização.

Em síntese, são vários os modelos de gestão de talentos e maneiras de compreender o jeito de cada pessoa trabalhar. De fato, a lei de cotas (lei 8.213 de 24 de julho de 1991) exige a inclusão de pessoas com deficiência. Lê-se no artigo 93 desta lei:

A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I - até 200 empregados...........................................................................................2%;

II - de 201 a 500......................................................................................................3%;

III - de 501 a 1.000..................................................................................................4%;

IV - de 1.001 em diante. .........................................................................................5%.

Ou seja: o número de vagas disponíveis para pessoas com deficiência varia em função do número de pessoas colaboradoras. Empresas precisam começar a incluir a partir dos 100 colaboradores.

Mapear os pontos fortes dos colaboradores dessa maneira pode ser uma boa oportunidade para incluir com qualidade e profissionalismo. Cumprir a lei de cotas vai além da obrigação legal, pois trata-se de criar condições reais para o desempenho de cada pessoa colaboradora. É nesse ponto que a acessibilidade digital assume papel estratégico.

Nestes contextos, a oferta de uma jornada digital sem barreiras pode otimizar resultados internos. Isso acontece nas situações abaixo:

  • Sites e documentos acessíveis, assim como textos que podem ser convertidos em áudios e vice-versa facilitam bastante a rotina empresarial. São recursos que colaboram para uma inclusão digital plena e atendem diferentes perfis de necessidades. A ferramenta Docs Perto do Pacote de Comunicação converte PDFs em documentos acessíveis. Ele é um exemplo de item que simplifica o acesso dos talentos à informação certa;

  • Uma pessoa programadora com daltonismo pode realizar trabalhos de maior qualidade se usufruir de soluções acessíveis, noutro exemplo. A possibilidade de ativar o alto contraste escuro e destacar o conteúdo gera ganhos significativos para o profissional. Obviamente, se essa pessoa programadora tiver hard skills bem desenvolvidas como cursos de programação, ela terá um excelente desempenho. Se esse mesmo profissional desenvolver a lógica através de jogos, xadrez e hobbies, ele entregará soluções ainda mais robustas. É a combinação entre as mad skills, hard skills e acessibilidade digital. O recurso Plugin Perto faz exatamente isso: ativa alta saturação e destaca possibilidades de contraste por meio de inteligência artificial.

A tecnologia assistiva desenvolvida pela Perto Digital contribui para que as equipes expressem todo o seu potencial, independentemente de barreiras.

Os exemplos citados acima evidenciam como as mad skills e as soluções acessíveis se complementam, criando ambientes mais produtivos e inclusivos. Essa integração resume o propósito central deste conteúdo.

Resumo: combine as mad skills com acessibilidade para maximizar a disrupção na sua empresa

Com base nesses pontos, o resumo a seguir sintetiza os principais conceitos do artigo em forma de perguntas e respostas para contribuir com a inclusão nas empresas. Confira:

O que são mad skills?

São habilidades fora do comum, desenvolvidas a partir de hobbies e atividades extracurriculares que tornam profissionais mais criativos e diferenciados.

Quais são os tipos de skills existentes?

Hard skills (técnicas), soft skills (socioemocionais) e mad skills (habilidades únicas adquiridas por paixão e experiências pessoais).

Por que as mad skills são importantes para o RH?

Elas ajudam a identificar talentos com repertórios diversos, criativos e com potencial para inovação e colaboração.

Quais benefícios as mad skills trazem para as pessoas e equipes?

Melhoram a saúde mental, criatividade, autoconhecimento, autocontrole e sociabilidade, fortalecendo o desempenho coletivo.

Como a acessibilidade digital se conecta às mad skills?

Empresas com soluções digitais acessíveis constroem um ambiente acolhedor e inclusivo, capaz de remover barreiras tecnológicas. Dessa forma, pessoas com deficiência podem expressar todo o potencial delas.

De que forma a lei de cotas impulsiona a inclusão no trabalho?

A lei 8.213/91 exige que empresas com mais de 100 funcionários a contratar de 2% a 5% de pessoas com deficiência, incentivando ambientes inclusivos.

Como unir mad skills e acessibilidade digital pode gerar inovação?

A combinação entre talentos diversos, tecnologias assistivas e uma web acessível cria soluções disruptivas e melhora resultados organizacionais.

Conclusão:

O acesso digital pode potencializar os diferenciais da sua equipe! Por isso, é importante registrar: uma experiência online sem barreiras pode favorecer todas as pessoas usuárias, com e sem deficiência.

Uma jornada web mais acolhedora desperta o que há de melhor nas pessoas e no seu capital humano. A proposta de valor da Perto Digital é agregar acessibilidade digital para o seu modelo de negócio. Empresas que adotam o ecossistema da Perto Digital fortalecem a inclusão, otimizam a comunicação interna e valorizam a diversidade de talentos. 

A tecnologia assistiva da Perto Digital torna os sites corporativos totalmente acessíveis e inclusivos. Com isso, as empresas podem ativar o verdadeiro potencial de suas equipes, ter uma inclusão mais efetiva e melhor desempenho.

Converse com nossa equipe de especialistas e conheça mais nossos diferenciais. Seja uma marca empregadora de sucesso.

Felipe Gruetzmacher

Felipe Emilio Gruetzmacher é um homem autista que atua como redator da Perto Digital, diretor de produção textual da diverSCInnova, copywriter da Editora Simulacro e blogueiro do site da ANAGEA (Associação Nacional dos Gestores Nacionais). Acredita no potencial da tecnologia em transformar a experiência digital e promover a inclusão das pessoas com deficiência.
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